Água ou aditivo: que é melhor para o radiador?
Procedimento simples, rápido e barato pode se tornar um pesadelo e até fundir o motor se feito incorretamente
Quando o assunto envolve o radiador do carro, o que não faltam são dúvidas e opiniões controversas.
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Peça chave para o perfeito funcionamento do veículo, o radiador é responsável por garantir que o carro não superaqueça e, por isso, exige uma série de cuidados básicos ligados à manutenção preventiva.
Infelizmente, muitos destes cuidados são ignorados pela maioria dos proprietários, o que só acelera a depreciação do veículo e diminui o tempo de vida útil de algumas peças, além de gerar gastos desnecessários.
Por exemplo: você sabia que a falta de resfriamento adequado é uma das principais causas de motor fundido? E em caso de motor fundido, o preço médio da retífica dos motores convencionais fica em torno de R$ 3,5 mil a R$ 5,5 mil reais.
Então, para que ninguém mais sofra com os principais problemas no sistema de arrefecimento, vamos esclarecer de uma vez por todas se pode ou não colocar aditivo na água do radiador.
Radiador não é sistema de arrefecimento
Apesar de desempenhar um papel fundamental no controle de temperatura dos motores a explosão, o radiador é apenas um dos dispositivos que compõem o sistema de arrefecimento – parte vital de qualquer veículo.
O sistema de arrefecimento ou refrigeração é constituído por um ciclo fechado que contém 7 componentes: a bomba d’água, o sensor de temperatura, a válvula termostática, o reservatório de água do radiador, o radiador, o aditivo e a ventoinha.
Usar água ou aditivo no radiador?
Respondendo à questão central deste artigo, você sempre deve usar água desmineralizada com aditivo no radiador.
Essa mistura de água desmineralizada com aditivo é o que chamamos de fluido de arrefecimento, cuja principal função é impedir que o motor superaqueça, além de ajudar a prolongar a vida útil dos sensores térmicos e das válvulas termostáticas.
Mais especificamente, porque o motor do carro opera a uma temperatura média de aproximadamente 100º C, mesma temperatura que a água evapora.
Então, não faz sentido que a água entre em contato com o motor sob essa temperatura, já que deve permanecer em seu estado líquido para equilibrar a temperatura do radiador.
O que acontece é que o aditivo aumenta o ponto de ebulição da água de 100º C para cerca de 110ºC ou 112º C, impedindo que ela evapore em cidades muito quentes ou com altitude muito acima do nível do mar, como é o caso de São Paulo, por exemplo.
O mesmo se aplica a locais de temperaturas extremamente baixas. Da mesma forma que a água não deve ebulir a 100º C para cumprir seu papel no sistema, também não deve congelar a 0º C.
Além do mais, sem o aditivo, os componentes e peças metálicas acabam ficando expostos ao efeito corrosivo da água.
A corrosão do cabeçote pode colocar o motor em risco e a negligência com o fluido de arrefecimento levar à necessidade de procedimentos como retífica do cabeçote e substituição das velas, mangueiras, juntas, óleo, filtro de óleo e selos do bloco.
ATENÇÃO: Nunca utilize apenas água e muito menos água da torneira no radiador do carro! Somente água desmineralizada pode ser adicionada ao radiador.
Para fazer a reposição do líquido de arrefecimento, é imprescindível respeitar os métodos corretos: sempre com o motor a frio, nunca misturando aditivos diferentes e utilizando o aditivo indicado pelo fabricante.
Já a troca do líquido de arrefecimento só pode ser realizada mediante uma limpeza prévia completa do sistema. Por isso, o mais indicado é realizar a manutenção preventiva do radiador e todo o sistema de arrefecimento em uma auto center de confiança.
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Fonte: Portal do Trânsito